quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Nova falha de segurança massiva deixa boa parte da Internet sujeita a ataques

Está a ser apelidado de Bash Bug e de Shellshock. Especialistas em segurança informática dizem que é uma falha de segurança mais grave do que o Heartbleed. Tanto os sistemas operativos Linux como o Mac OS estão vulneráveis.

A Internet acordou hoje, 25 de setembro, outra vez em sobressalto: depois da grande falha de segurança Heartbleed, surgem provas e relatos de que existe outro bug de grande escala que afeta os sistemas operativos baseados em Linux, bem como o Mac OS da Apple.

No caso das distribuições Linux a preocupação é ainda maior visto que são usadas como sistema operativo de muitos servidores de Internet – quer isto dizer que qualquer dispositivo ligado à grande rede está sujeito a ser explorado por piratas informáticos.

Em causa está uma parte dos sistemas operativos que é conhecida como interpretadora de comandos – que faz uma tradução dos comandos entre o software e os utilizadores. Esta shell é ativada sempre que é necessário despoletar uma ação como um script de um navegador de Internet. No caso do Linux muitos dos comandos são escritos pelos próprios utilizadores para executar determinadas ações, o que aumenta ainda mais a probabilidade de ataque.

Explica a imprensa internacional, como o ZDNet, que a falha descoberta no Bash – nome da shell que é usada nas distribuições Linux e que também marca presença no Unix, que é a base do Mac OS -, faz com que um cracker possa executar vários comandos nos equipamentos dos utilizadores.

Um porta-voz da empresa de segurança Rapid7 explicou à Reuters o alarmismo da situação: atinge o nível 10, o máximo, ao nível da gravidade, e ao nível da facilidade de exploração por um pirata informático é muito fácil.

Várias equipas de segurança responsáveis por distribuições Linux – como a CentOS, Debian, RedHat – já lançaram atualizações para corrigir o problema, mas existe a possibilidade de que nos próximos meses muitas máquinas venham a ficar desprotegidas.

À semelhança do que aconteceu com o Heartbleed e depois de todos os avisos, mais de 300 mil servidores continuavam desprotegidos ao fim de dois meses da descoberta da vulnerabilidade. Três meses depois, em julho, apenas 3% dos servidores de grandes empresas mundiais estavam totalmente protegidas contra a falha de segurança.

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FONTE: Nova falha de segurança massiva deixa boa parte da Internet sujeita a ataques (tek.sapo.pt)